O produtor da série "Tekken", da Namco Bandai, um dos games de luta mais famosos do mundo ao lado de "Street Fighter" e "Mortal Kombat" tem uma missão importante pela frente. O japonês Katsuhiro Harada, que trabalha na franquia desde o seu lançamento em 1995 e é o principal convidado da feira Brasil Game Show, deve agradar aos fãs do título que ajudou a criar no aguardado "Tekken X Street Fighter", sequência do jogo que une as duas franquias.
"Street Fighter X Tekken" foi produzido pela Capcom, trazendo um estilo de luta da série que completou 25 anos em 2012, e chegou às lojas este ano. Já "Tekken X Street Fighter" será produzido pela Namco Bandai, teria um estilo de jogo voltado para a franquia de combate 3D, e ainda não tem data de lançamento. E, pela afirmação de Harada em entrevista exclusiva ao G1, os fãs terão que esperar um pouco mais.
"Originalmente, com ‘Tekken X Street Fighter’, eu queria achar um meio de unir as duas franquias em um único jogo com sucesso. Mas houve um forte e inesperado retorno dos fãs com 'Street Fighter X Tekken'. Percebi que uma nova audiência, jogadores mais casuais e que não jogavam games de luta, se sentiu atraída. Mas os jogadores apaixonados por jogos do gênero tiveram uma impressão diferente. Alguns dos jogadores dedicados de ‘Street Fighter’ gostaram do jogo, mas os fãs de 'Tekken' não comentaram o que acharam do jogo. Não sei o motivo de eles não gostarem tanto do título", disse Harada, que conta ter ficado surpreso com a reação dos fãs de 'Tekken'.
"Voltei para a prancheta para reavaliar o que faremos em ‘Tekken X Street Fighter’. E, para isso, preciso de mais tempo. Os planos originais que eu tinha não funcionariam como eu gostaria. Preciso de mais tempo para pensar no que seria correto colocar dentro deste jogo. Peço que os fãs esperem um pouco mais para que eu possa revelar o que planejo para este título."
Ele deixou claro que o game não foi cancelado.
Ele deixou claro que o game não foi cancelado.
Sempre no topo
Diferentemente de outras séries de luta, que passaram por uma fase de "repouso" durante parte da década passada, "Tekken" sempre manteve seus lançamentos regulares. "'Tekken' nunca sumiu como 'Street Figher'. Sempre esteve presente nos consoles e nos fliperamas. Sempre foi uma franquia popular que nunca ficou em baixa. Isso levando em conta que atendemos a uma audiência diferente hoje quando comparada à que jogou 'Tekken' na década de 1990. Hoje eles são mais 'hardcore', dedicados."
Diferentemente de outras séries de luta, que passaram por uma fase de "repouso" durante parte da década passada, "Tekken" sempre manteve seus lançamentos regulares. "'Tekken' nunca sumiu como 'Street Figher'. Sempre esteve presente nos consoles e nos fliperamas. Sempre foi uma franquia popular que nunca ficou em baixa. Isso levando em conta que atendemos a uma audiência diferente hoje quando comparada à que jogou 'Tekken' na década de 1990. Hoje eles são mais 'hardcore', dedicados."
Um dos diferenciais dos games da série "Tekken" quando comparados a títulos como "Street Fighter" e "Mortal Kombat" é que o jogo pode ser apreciado tanto por jogadores casuais, que conseguem vencer confrontos ao simplesmente pressionar os botões, quanto por jogadores mais dedicados, que sabem os golpes. "Nem sempre foi assim", disse Harada. "Quando lançamos o primeiro 'Tekken', o público casual foi atraído pelo game na época. Só com 'Tekken Tag Tournament', lançado para oa fliperamas no ano 2000, que os mais hardcore começaram a dar mais atenção à série".
Harada comenta que ficou surpreso com o sucesso de "Tekken Tag Tournament". "Na época, o foco estava em "Tekken 3', que foi lançado para consoles. Mas precisávamos dar uma ajuda par ao mercado de fliperamas e, por isso, lançamos o game [que coloca os personagens da série para se enfrentarem em duplas].Entretanto, para lançar uma sequência, previsávamos de algo novo que apenas uma nova geração de consoles permitiria como, por exemplo, colocar quatro personagens ao mesmo tempo na tela", afirma, falando que levou 12 anos para que a sequência do título fosse lançada.
Games de luta ocidentais
Perguntado do motivo de poucas empresas no Ocidente criarem jogos de luta - a Netherrealm, de "Mortal Kombat" é um dos poucos exemplos -, título feito em sua maioria no Japão, Harada diz que fica intrigado com a isso. "Não consigo imaginar porque desenvolvedores ocidentais não criam tantos games de luta".
Perguntado do motivo de poucas empresas no Ocidente criarem jogos de luta - a Netherrealm, de "Mortal Kombat" é um dos poucos exemplos -, título feito em sua maioria no Japão, Harada diz que fica intrigado com a isso. "Não consigo imaginar porque desenvolvedores ocidentais não criam tantos games de luta".
Ele, no entanto, aponta Mark Lamia, de "Call of Duty: Black Ops II", como um dos desenvolvedores do Ocidente que poderiam criar bons jogos de luta. "Conversamos há algum tempo e percebi que ele leva pensa e cria jogos do mesmo modo que eu. Senti que com a experiência dele com 'Call of Duty', ele poderia fazer um bom game de luta. Ele tem dinheiro e talento para isso. E se ele fizesse, sei que ficaria bom. É questão de ele querer fazer o game".
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